segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Deixa eu dizer

Então me deixa dizer aquilo que ficou encravado na garganta, sobre aquele dia em que eu quis fugir da insegurança, do ciúme e das cobranças que não me são cabidas.
Deixa eu dizer que se em algum momento eu quis correr, foi porque quis demais ficar. Mas pra isso, era preciso que eu entrasse na tua vida, porém não houve consentimento.
Deixa eu dizer que de tudo o que falei, nada foi mentira como havias dito. Quando eu falei que permaneço com uma única pessoa não desdenhei a verdade. Meu coração apenas percebeu que eu era única a desejar algo que não poderia ter. Ainda que faças parte de cada pensamento meu, não me privaria de encontrar alguém que realmente queira estar ao meu lado. Infelizmente esse alguém não é você.
Deixa eu dizer que daqui há um tempo esse vendaval vai passar e um dia lembraremos com carinho essa loucura e nossos desejos insaciáveis. Não posso te dar motivos ou razões pra tanta contradição. Não me julgue por minhas histórias, pois quando contadas não transpassam com exatidão como foram vividas. Nem sempre os erros cometidos voltam a se repetir.
Deixa eu dizer que vou sentir uma falta absurda do pouco que tivemos. De uma quase história. De uma quase expectativa. Que jamais esquecerei o teu primeiro beijo.
Deixa eu dizer que me perdi em outros braços esperando encontrar os teus. Que corri dos momentos de solidão pra não dormir com o coração apertado. Pra esquecer do teu riso fácil e do teu deboche. Pra te apagar da memória, esqueci de mim.
Deixa eu dizer que a vida é assim mesmo, essa intensidade toda é minha e não sua. Não te preocupes em correspondê-la. Eu ignoro, mas ainda não consigo mudar a minha essência. Então me deixa dizer aquilo que ficou encravado na garganta. Deixa eu dizer nessa folha em branco tudo aquilo que jamais irás ler sobre um alguém que quase se declarou à uma paixão passageira. Que irá passar, mas que ainda persiste.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ainda sinto...


De repente me vi insana. Gritando e pensando. Distante. Mas no fundo eu sabia o que queria. E sabia que não era a tal da T.P.M mandando lembranças. Foi um estalo, um choque de realidade. Me encontrei num mundo no qual eu não pertencia. Deslocada e fora do contexto. Cansada das bincadeiras, das piadas, das aulas e das falsidades que me cercam ou que se fazem presente no meu ser. Cansada de cometer os mesmos erros, repetir a hisória que eu já sabia de trás pra frente. Sabia o início, sabia o final. Apenas havia mudado os peronagens.
Foram discussões infinitas. Foi chama. Foi vulcão. Virou cicatriz em cada um de nós. Ele não me entendia e eu nunca entendi ele. Era pedir muito por compreensão. Sempre tão diferentes!
Mas eu? Eu só queria um colo, um dia de carinho. Me sentir amada e desejada. Ter plena certeza de que ele via meu rosto quando seu pensamento estava distante. É pedir por muito, eu sei...
Nesse contexto eram bem-vindos mensagens e declarações de amor. Qualquer coisa! Coisas simples. Coisas de quem ama espera receber. E eu esperei e me frustrei. Sabia do amor dele, mas àquela altura já não sabia mais de mim.
No fundo eu ainda espero, mas calada. Cansada de falar ou reagir.
O amor por ele ainda existe. Ainda sinto o batimento desenfreado do meu coração. Mas eu sei que algo está mudando. O amor ainda existe, mas com muletas. Frágil. Sem forças pra tentar. E eu sem coragem pra assisti-lo se fragmentar.
Dessa história eu já sei. Já vivi e já sofri. Dela saí na UTI. Mas voltei e amei novamente. Um amor diferente. É um amor puro e ingênuo. Respeitoso acima do possível.
Portanto amo a ponto de preferir que meu amor seja feliz, mesmo que seja sem mim. Eu confio nele. Mas ainda luto por nós em silêncio.
Definitivamente cansei de falar, agir, mudá-lo. Mas meu cansaço me mudou. Ainda estou aqui, viva, e querendo ele mais do que nunca.
Será que vou receber um telefonema? Uma carta? Um toque no celular? Flores? Não...
Dói, eu sei. Mas sei que não sou a última.
A espera existe dentro de cada mulher que um dia amou. E elas talvez me entendam.
A espera fez do meu amor cinzas. Mas ele existe. Existe.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Eu achava que depois de certo amadurecimento as coisas começavam a se encaminhar para o seu destino certo e a vida descomplicava aos poucos. Hoje percebo o quanto fui ingênua em acreditar nas coisas simples e que a insanidade um dia desaparecia pela janela sem deixar vestígios de sua existência.
A verdade é que a cada dia que passa, viver se torna uma luta constante. É uma batalha pessoal, sair da cama aos tropeços, esquecer de momentos e sofrer por outros tão simples, fazer planos, ir ao cinema, gostar da solidão, mas algumas vezes odiar também, amar o impossível, tomar atitudes, deixar de tomá-las.
Seria mais fácil se a minha psicóloga fizesse as coisas por mim. Coisas que não tive coragem de fazer por medo de errar... de novo.
E enquanto o tempo voa no mundo real, em minha mente ele se arrasta e me prende nessa busca insaciável do exagero de ser feliz em tudo. Mas tudo me falta.
É tanto vazio que me faltam até palavras pra terminar esse texto.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aprendi

Não me arrumo mais para homem nenhum, pelo contrário, me arrumo por mim e para mim. Não me perfumo para os outros, não me maquio para atrair olhares, mas o único olfato e olhar que quero atrair são os meus.
As roupas que compro, nenhuma delas, destinam-se para alguém especial, a não ser eu mesma. As unhas que costumam estar pintadas, meu sorriso que costuma agradar a tantos e minha risada que passou a ter um tom rouco, nada disso vai para um homem. Nem para O HOMEM nem para um homem.
Os lugares que freqüento, os caminhos que percorro, as coisas que faço, nada disso atrai o olhar de alguém e nada disso é para alguém.
Acordo vazia e durmo vazia, com a cabeça sem um amor no qual pensar ou em algum homem preenchendo o espaço dela, mas tudo o que faço hoje é pra mim e não me importo que a cama continue vazia e nem que o coração bata em ritmo fraco, uma vez que não há mais uma alma pela qual se possa lutar. Uma alma que lute pela minha alma.
E os dias serão tranqüilos e felizes, pois não existirá mais homem algum que me faça pensar que eu não valho à pena, que me diminua e que tire minha alegria. Não existirá homem que me faça perder o sono, que ache ruim eu não agradar o tempo todo, ou que me faça correr atrás dele feito um coração solitário e abandonado à procura de qualquer migalha.
Acordei mais eu, inteira em tudo o que faço, feliz por ser eu mesma, sem tirar nem pôr. Feliz por não precisar de um homem pra me botar pra cima e feliz por não precisar de ninguém para me sentir mulher.
Sou a mulher que eu sonhava em ser quando criança e homem nenhum irá tirar isso de mim e muito menos o valor que possuo.
E o hoje será mais um dia Meu!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Caminhos


O problema não era de saúde, não era mental, não era espiritual.O problema foi a pedra do meu coração que voltou a bater e me deixou irracional novamente. Desculpa então se voltei a ser mulher, a mulher que você não queria. Ou pelo menos que finge todo o tempo que não quer. Sei que é difícil agradar todo mundo, mas literalmente é assim comigo.Eu me fechei no meu vazio e parece que ninguém é forte e corajoso o suficiente pra entrar lá.Conte-me a verdade, o problema é TODO meu? Eu achava que sim. Mas sinto muito, não é.O problema é de todos vocês que perderam a fé no meio do caminho e não me deixaram mostrar nada pra vocês. O problema é de vocês que se enjoam fácil com meias palavras, palavras não ditas, se enjoam com nada, mas quando encontram uma pessoa vazia nos caminhos da vida, ela se torna o TUDO de vocês.E eu com o meu coração na boca, cheia de encantamentos por coisas banais, reais ou profundas. Cheia de vida, sonhos e um quarto escuro compartilhando meus míseros pensamentos comigo mesma. E onde você estava? No seu canto, mudo, esperando pelo o que?Eu sinceramente não tenho a pretensão de ser o TUDO de TODOS. Mas sei que posso ser o TUDO de algum chinelo velho.Esse chinelo vai ter a calma de um cavalheiro, a sabedoria de um idoso e me amará infinitamente como o universo. E eu não precisarei ensinar nada pra esse chinelo pois ele sempre esteve esperando por mim.Eu não vou fazer o seu tipo, não vou tentar te agradar. Eu não vou te ligar e dizer que estou apaixonada. Não comprei o seu ovo de páscoa, não sei nada sobre você e os seus pensamentos, mas onde está você agora que não está aqui comigo?Onde está a sua paciência pra conhecer milimetricamente cada parte do meu corpo, os batimentos do meu coração e os lugares que me arrepiam? Onde está você adivinhando o que eu estou pensando?Eu me perdi no seu jogo, mas procuro desesperadamente a saída de emergência. Não quero ficar nem mais um minuto. Mas se eu sou importante com a minha falta de palavras, entenda, eu quero tudo! Me dê o seu tudo? Me mostre a saída ou me ensine como chegar no seu coração.

quarta-feira, 17 de março de 2010

PROMOÇÃO!!! (E pramocinha... ¬¬)

PROMOÇÃO: Preciso de Um Bom Partido Solteirão - Blog Derepente20s

To aqui hoje pra divulgar a promoção no Blog da minha primux, Derepente20s, onde quem participar, concorrerá a dois exemplares da trilogia de Carly Phillips: "O Solteirão" e "O Bom Partido".
Para participar a pessoa deve ser seguidora do Blog Derepente20s, ir ao site da Editora Planeta e escolher um lançamento de março que a pessoa mais gostou, comentar no post "Preciso de um Bom Partido Solteirão" e preencher o formulário indicado no blog. Quem divulgar a promoção poderá comentar novamente no blog Derepente20s pra ter mais chances e ganhar. VALE LEMBRAR QUE PARA ISSO É NECESSÁRIO CUMPRIR OS REQUISITOS QUE CONSTAM NO BLOG DEREPENTE20S! LEIAM ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES!

Beijinhos & Boa Sorte!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Do Amor.


Eu sei que de alguma forma ser uma pessoa realizada não é o bastante. Tudo bem, você conseguiu comprar o carro que desejava, o emprego que almejava e a roupa que queria usar. Essa realização irá perdurar pelo resto da vida? Provavelmente depois de passados uns três dias você substituirá aquela satisfação pessoal por outras ambições.
Tudo que é material não traz felicidade. É importante qualificar anteriormente o que é a felicidade. A primeira certeza que tenho é que a felicidade vai e vem conforme os acontecimentos diários de uma vida, mas sabemos dizer quando estamos felizes. Assim como também sabemos dizer quando não estamos tristes, mas também não estamos felizes.
A segunda certeza que tenho sobre a felicidade é que ela anda de mãos dadas com uma palavra chamada amor. Comprar uma roupa não traz felicidade, mas sim uma satisfação momentânea. Mas estar junto aos amigos e família, isso traz felicidade. Porque justamente estás lidando com amor ao conviver com pessoas que lhe agradam e por quem tenhas uma estima muito forte.
Eu particularmente ando pra lá e pra cá o dia inteiro. Faço algumas coisas por obrigação, outras por prazer. Posso responder com certeza que não sou feliz e isso não quer dizer que sou ingrata. E também não quer dizer que eu seja infeliz. Eu apenas vivo. Sou morna, em cima do muro, sem graça, sem gargalhadas. Estatura média, cabelos médios, maquiagem média, roupas normais.
Eu queria mais! Viver o congelante e queimar, explodir e a esvaziar meu coração. Quero sorrir com sinceridade e chorar com intensidade. Quero meus longos cabelos compridos com cachos nas pontas de volta, Quero meu corpo mediano ponderando entre a magreza e o normal. Quero extravagância e simplicidade. Perder o fôlego e sentir dormência nas pernas de relaxamento. Eu quero ser a Juliana em tudo o que faço e não uma incógnita pra mim mesma.
Eu posso estar errada, posso quebrar a cara, mas eu ainda espero pelo amor. Só ele pode me salvar de mim mesma.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Receita para um ano novo feliz

Eu tava engolindo sem mastigar e aceitando de cabeça baixa tudo o que foi me dado (sem pedir). Resolvi bater o pé e fazer diferente dessa vez. Se gritar adiantasse, eu já estaria sem voz. Mas questão não é essa, a vida passou e os minutos tem se mantido estáticos, assim como... eu.
Será que adianta assistir a vida passando, simplesmente cruzar os braços, impotente, se sentindo vítima dos teus próprios temores?
Joguei o dado e esqueci de fazer a aposta. Mas quer saber? To me lixando pra todas as regras impostas pela sociedade.
Eu disse pra minha alma que seria diferente dessa vez, xinguei os mendigos, atropelei as formigas e dei um soco na cara do terapeuta e de todas as fantasias estúpidas desaceleradas que vagam pela minha mente sem permissão.
Comecei o ano com o pé esquerdo, pisei na merda, não fiz promessa, não pulei as sete ondas e esqueci de comer a lentilha. Topei que começar o ano de trás pra frente talvez pudesse me dar sorte ou pelo menos mudar a rota do azar. Grande bobagem. Mas antes de dormir ainda tinha esperanças, falei com Deus, Ele não me respondeu. Só ouviu minhas lamúrias e pesares sobre a minha ingratidão por tudo que tenho. Grande bosta. Eu sou uma bosta.
Mas me senti culpada, pedi desculpas pra Ele, lembrei de problemas reais que eu não tenho.
O ano começou e eu nem senti. Abri os olhos e achei que estava no inferno, mas era só sol que entrava pela manhã no meu quarto. Quando percebi estava na mesma rotina de 2009. Olhei pela janela, inspirei o ar abafado de país tropical e pensei: Nossa! Que mudança drástica!
Mas a verdade é a seguinte, nasceu dia, nasceu noite e a vida vai ser essa, o caminho não pode mudar, mas podes trocar de carro e acelerar ou resolver ir a pé, naquela mesma pressa de antes, esperando as coisas virem ao teu encontro, e infelizmente isso não vai acontecer.

Foi então que levantei a bunda gorda da minha cama e fui atrás.
Fui atrás da minha mãe e perguntei o que tinha para o almoço.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Hopefully hoping

A vida continuará sendo essa incansável espera por coisas das quais não vais fazer idéia do que seja. Talvez seja tudo, talvez seja nada, mas na verdade, a espera é o sentido que buscas pra tua vida.

Enquanto houver vida, haverá a espera.

E eu continuo esperando...